segunda-feira, 18 de junho de 2012

MMA




   Introdução

O MMA significa Mixed Martial Arts, ou em português, quer dizer artes marcial mistas, também conhecido como vale-tudo, são artes que incluem golpes de lutas em pé e técnicas de lutas no chão.No MMA não é preciso seguir um estilo específico de luta, o praticante pode utilizar  qualquer modalidade,(boxe, jiu-jitsu, Karatê, judô, muay thai).  São poucos os estudos na literatura que desenvolvem sobre atletas de MMA, estudos que procuram aprofundar o conhecimento sobre tal esporte, auxiliar os técnicos em melhorar o desempenho de seus atletas, e evitar também, possíveis erros na periodização e lesões durante os treinamentos. O objetivo desta pesquisa é aprofundar um pouco sobre o nascimento do esporte MMA, sua evolução, suas regras e confrontar alguns artigos.

Histórico.

Em 648 a.C. ocorreram os primeiros eventos que marcaram a origem do MMA na Grécia. Eles criaram o Pankration, combinação de duas palavras que significam: Pan: vários; e kration: força. Era um esporte que misturava boxe com wrestling, e foi o primeiro registro de algo parecido com o MMA. Seu declínio ocorreu com ascensão do Império Romano, e o boxe e o wrestling permaneceu por serem mais difundidos. (FRANÇA, 2011).Em 1925, uma família de brasileiros, trouxe ao cenário mundial, um combate com misturas de diferentes artes marciais. O precursor Carlos Gracie lutador de judô ensinou os irmãos e aos poucos foi adaptando as regras aos golpes, criando jiu-jitsu brasileiro. Carlos abriu uma academia, e inventou a “Grace Challenge”, onde ele desafiava os lutadores a promoverem seus métodos de vencer não importava qual arte marcial praticasse. Então os combates ficaram conhecidos como Vale – Tudo. (PINHEIRO, 2010)Desde então grandes eventos começaram a ser organizados, o primeiro UFC ( Ultimate Fighting Championship) foi realizado em 1993 e vendeu 86 mil cotas de per-pay- view. Os primeiros eventos da UFC não tinham muitas regras, como por exemplo, a divisão de peso, a luta ocorria numa gaiola, então o esporte foi evoluindo e atualmente é sem duvida uma das maiores modalidades de luta. (FRANÇA, 2011)O Mixed Martial Arts, ou como é conhecido MMA, é hoje o esporte que mais cresce no mundo. É absolutamente espantosa a forma meteórica através da qual se deu o crescimento do esporte. A maior organização de MMA do planeta, o Ultimate Fighting Championship (UFC), é avaliada em mais de 1 bilhão de dólares. (PINHEIRO, 2010)

REGRAS UNIFICADAS DE CONDUTAS DO MMA

- Rounds.

Cada round deve ter cinco minutos de duração, com um minuto de intervalo para descanso entre eles. Lutas por títulos podem ser sancionadas para cinco rounds, mas lutas comuns não devem exceder o total de três rounds.

- Trajes.

 Shorts adequado luvas leves (de 4 a 6 onças),protetor bucal durante as lutas,protetor genital (coquilha), Já as lutadoras são proibidas de usar protetores genitais e devem usar protetor de seios.

- Arbitragem e julgamento

- O arbitro e o médico são os únicos que podem intervir na luta.

- O sistema de 10 pontos por round deve ser adotado em todas as lutas. Três juízes marcam o placar em cada round, quando o vencedor daquele round leva 10 pontos e o perdedor, 9 ou menos. Caso um juiz considere que um round terminou empatado (nenhum lutador claramente obteve vantagem), deve atribuir 10 pontos para cada lutador.

ADVERTÊNCIAS.

Segurar ou se pendurar nas cordas ou grades - Segurar as luvas ou shorts do oponente - Presença de mais de um cornermen no perímetro da área de lutaSão consideradas faltas no MMA:- Dar cabeçada no adversário - Colocar o dedo no olho do adversário - Morder ou cuspir no adversário - Puxar os cabelos do adversário - Agarrar o adversário pela boca - Atacar a região genital do oponente  Tipos de resultados de uma lutaSubmissão: Quando indica com a mão que não quer mais lutar.Desistência verbal: quando um lutador anuncia verbalmente que não deseja mais continuar

- Pesagem e Categoria dos Pesos 

As pesagens devem obedecer aos critérios definidos pela NJAC para os boxeadores profissionais e só poderam lutar os licenciados pelo NJAC.Peso mosca (flyweight), abaixo de 57kg (125,9 libras) Peso galo (bantamweight), entre 57,1kg (126lbs) até 61,1kg (134,9lbs) Peso pena (featherweight), entre 61,2kg (135lbs) até 65,7kg (144,9lbs) Peso leve (lightweight), entre 65,8kg (145lbs) até 70,2kg (154,9lbs) Peso meio-médio (welterweight), entre 70,3kg (155lbs) até 77kg (169,9lbs) Peso médio (middleweight), entre 77,1kg (170lbs) até 83,7kg (184,9lbs) Peso meio-pesado (light heavyweight), entre 84kg (185lbs) até 92,9kg (204,9lbs) Peso pesado (heavyweight), entre 93kg (205lbs) até 120,1kg (264,9lbs) Peso superpesado (super heavyweight), acima de 120,2kg (265lbs)

Estudos voltados ao MMA.

Segundo Bledsoe, et. al. 2006, forão realizados 171 combates de MMA envolvendo 220 lutadores diferentes. Houve um total de 96 lesões em 78 lutadores. Das 171 partidas travadas, 69 (40,3%) terminaram com pelo menos um lutador ferido. As lesões mais comuns foram laceração facial com 47,9% de todas as lesões, seguido por lesão na mão (13,5%), lesão nariz (10,4%), e olhos (8,3%). Tudo isso com lutas por categoria de peso e idade também.No começo o MMA era promovido como um esporte brutal, por essas e outras foi criado uma regulamentação para o esporte. Os lutadores são agora proibidos de dar cabeçadas, uso do cotovelo ou joelho em um adversário que esteja no chão, desferir qualquer tipo de soco na garganta, na coluna vertebral e na nuca. São divididos em categorias de peso, e é permitido apenas uma luta por noite (BLEDSOE, et. al. 2006).O estudo de Buse (2006), avaliou onze homens lutadores de MMA com idade média de 25 anos com dois anos de experiência em combate competitivo a nível regional e que treinavam no mínimo duas vezes por semana. O estudo avaliou medidas antropométricas, composição corporal, força de preensão, sentar e alcançar, salto vertical, 1RM de agachamento e um teste de VO²máx.Os resultados foram comparados com outros estudos, e mostraram que lutadores de MMA tiveram percentual de gordura semelhante ao de judocas, porém maiores que de lutadores de Kung Fu. O VO²Máx foi maior que dos judocas, mas menor que de lutadores de kickboxers. Os lutadores de MMA se mostraram menos flexíveis do que atletas de kung fu, mas tão flexíveis como lutadores de qualquer outra modalidade. O salto vertical foi mais positivo do que do kung fu. E os atletas de kickboxers tiveram maior força de preensão do que lutadores de MMA.O estudo mostrou quanto é importante os teste de aptidão física, tendo o treinador parâmetros avaliativos para prescrição de treinamento com relação a sua capacidade física, para ai sim, planejar periodização, rotinas de treinos, exercícios de fortalecimento para beneficiar os atletas praticantes, pois, força, potência e resistência de competência técnica são características físicas necessárias para ser um lutador de sucesso do MMA. (BUSE, 2006).

CONCLUSÃO.

 O MMA é atualmente nomeado como UFC, mais antigamente se conhecia por VALE-TUDO. Esse esporte envolve várias modalidades de artes marciais e exigi um treinamento contínuo e eficaz, pois nele é utilizada muita técnica, força e resistência. É de extrema importancia que o atleta realize avaliações físicas  com frequencia para que seja possível amenizar pontos negativos que são descobertos atráves deste teste, podendo assim ter resultados positivos e eficazes em competições. Sugeriamos que mais estudos sobre o assunto sejam realizados pois se trata de um esporte de muito contato e que depende muito desses testes.


REFERÊNCIAS

    BLEDSOE H. G., HSU B. G., GRABOWSKI G. J., BRILL D. J. E LI G. Incidence of Injury in Professional Mixed Martial Arts Competitions, Journal of Sports Science and Medicine,2006. Disponivel em: http://www.jssm.org/combat/1/18/v5combat-18.pdf Acesso: 02/06/2012  
      BUSE, G. J.; No holds barred sport fighting: a 10 year review of mixed
martial arts competition. Br J Sports Med 2006;40:169–172. doi:            10.1136/bjsm.2005.021295
  FRANÇA, Ana. Como funciona o MMA (Mixed Martial Arts). 2010 Disponível em: http://esporte.hsw.uol.com.br/mma1.htm. Acesso em: 03/06/2012.
  PINHEIRO, Guilherme. Breve História do MMA (Mixed Martial Arts) Disponível em: http://papodehomem.com.br/breve-historia-do-mma-mixed-martial-arts/ Acesso em 03/06/2012.
     REGRAS Unificadas de Conduta do MMA Disponível em: http://www.mma
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ENTREVISTA COM O LUTADOR VAGNER JOSÉ TIBURCIO



2º JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTIFICA E TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - FACULDADE DOM BOSCO





A Faculdade Dom Bosco realizou entre os dias 14 e 18 de
 maio, a 2ª Jornada de Iniciação Científica e Trabalho de Conclusão de Curso.
A abertura do evento, no dia 14, contou com a presença ilustre do professor Cezar Laerte Natal, coordenador do núcleo de extensão e pós-graduação da Faculdade Dom Bosco, e dos professores Evilásio Gentil de Souza Neto, diretor acadêmico e da professora Sandra Mara Meireles Adolph, coordenadora de pesquisa e iniciação científica.
Durante a jornada, quarenta e duas pesquisas realizadas foram expostas em formato de painéis temas livres (orais), nas sedes Marumby e Mercês, fazendo com que a comunidade acadêmica tenha a oportunidade de divulgar estudos, trocar informações e experiências.
“A busca constante pela melhoria da formação tem mostrado que a pesquisa é coadjuvante na disseminação do conhecimento e no fortalecimento do aprendizado. Além disso, espelha um novo momento na Faculdade Dom Bosco, incentivando o desenvolvimento científico e a revelação de novos talentos”, declara a professora Sandra.

fonte: COMUNICAÇÃO DOM BOSCO- Faculdade Dom Bosco - http://www.dombosco.sebsa.com.br/faculdade/noticias_view.php?id=8119


Os acadêmicos da Faculdade Dom Bosco puderam assistir palestras de trabalhos, onde se trataram de variados asssuntos ai vai alguns deles e seus resuminhos:

“Parkour na escola, rompendo padrões na relação do corpo com o ambiente.” Cássio Júnior .

-> Onde teve a proposta de inserir Parkour nas escolas como forma de possível desenvolvimento físico e mental, fugindo do padrão escolar, da monotomia.

“A importância da iniciação científica.” Conteúdo apresentado pela Professora Keith Sato Urbinati.

-> Que abordou que a Iniciação Científica permite ao aluno de graduação despertar a vocação para a pesquisa científica e desenvolver um espírito ético e profissional.

“Influência do nível de atividade física e fatores de risco cardiovasculares sobre a alta eficácia e produtividade no trabalho.” Luciana da Silva.
-> A proposta do estudo foi analisar os processos de interação entre o homem e seu ambiente de trabalho, estudando para tal, a influência dos fatores físicos, psíquicos, ambientais e cognitivos que se estabelecem desta relação.
“A cultura corporal de movimento está associada ao nível de atividade física.” Bruno Barth Pinto Tucunduva.
-> A proposta aborda que a cultura corporal do movimento engloba diferentes dimensões,  valorizando as variáveis fisiológicas como potência aeróbica máxima, força, flexibilidade e componentes da composição corporal, podendo voltar-se para as habilidades desportivas e saúde. E a atividade física pode ser definida como qualquer movimento corporal que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso.
“Efeitos da crioterapia de imersão sobre indicadores bioquímicos, neurais e motores de desempenho e a reativação parassimpática em atletas de futebol.” Renata Wassmansdorf.
-> A proposta deste estudo verificou-se que não existem relatos de estudos in vivo sobre o efeito da crioterapia intermitente nas primeiras horas pós-lesão, mostrando os efeitos imediatos em impedir a ocorrência de lesão secundária a longo prazo.

“Polska kultura i tradycja tanecza w srodowiska spotecznasci brazyljiskiej.” Carlos Eduardo Scardazan Heeren.

->Na palestra ele além de falar sobre o assunto o professor relara sobre sua vivência na Polônia e como foi o processo do desenvolvimento do trabalho. Além de relatar sobre as questões ligadas com a busca e preservação da identidade cultural estão na pauta das discussões políticas, filosóficas e acadêmicas do dia.

AULA PRÁTICA DO KARATE

A aula inicia-se com a SAUDAÇÃO (ZAREI) que pode ser em pé e/ou sentado.



Segue-se a aula com os fundamentos (KIHOM)

- Fundamento Base
- Fundamento Ataque: Soco, chute frontal
- Fundamento Defesa: Alta, média (espada) e baixa (telefone)
 
 
 
AQUECIMENTO: Alunos correndo em círculo ao sinal do professor deita um aluno e fica em posição pula sela. Segue uma variação de que o aluno ao pular deve virar rapidamente golpeando com um soco.
 
ALONGAMENTO: Seguido de exercícios de membros inferiores e superiores.
 
ATIVIDADES exercícios trabalhando movimentos iniciais:
 
KIHON - Base frontal
SAGATÊ - Atrás
 
BASE FRONTAL DE ATAQUE - BAIXA/MÉDIA/ALTA.
 
 
  
 
 
 

KARATE LÚDICO


Elementos básicos

- Saudação (ZAREI): em pé e/ou sentado.

- Fundamentos (KIHOM)

a. Fundamento Ataque: Soco, chute frontal.
b. Fundamento Defesa: Alta, média (espada) e baixa (telefone)
c. Posições: astronauta  


- Forma ( KATA)

- Luta (KUMITE)

     O Karate na escola é uma boa alternativa para se trabalhar recreativamente, sendo assim é o momento de usar a criatividade, usando a mesma é possivel inserir lutas e ensinar os fundamentos do karate de um modo muito dinâmico e trabalhar também o desenvolvimento das capacidades físicas, resistência, a coordenação, o equilíbrio, a flexibilidade e a auto-defesa. Sendo assim, como um exemplo, de criatividade, pode-se trabalhar com a  música como ensinado durante a aula pela a Profº Keith Sato na faculdade Dom Bosco. A brincadeira é como se fosse siga o mestre, onde deve-se repetir os movimentos executados pela a professora, e foi assim que fizemos e podemos aplicar para trabalhar um Karate Lúdico nas escolas, e ao imitar a professora acompanhavamos ela na seguinte música:


“Fui visitar o Funakoshi no Japão... ió..”

“Fui visitar o Funakoshi no Japão... ió..”
 
“Fui visitar o Funakoshi, visitar o Funakoshi, visitar o Funakoshi no Japão... ió..”
 
 
 
 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

HISTÓRICO DO KARATÊ NO BRASIL



   O Karate foi introduzido no Brasil através da colônia japonesa nas cidades de Binguá, Pedro de Toledo, Bastos, Maria e Graça, no litoral de São paulo, pôr ocasião das imigrações.    Oficialmente, sabe-se que, em 1955, o professor Harada, 5° Dan, da Universidade de Waseda, foi o primeiro a estabelecer uma academia de Karate Shotokan no Brasil, na R. Quintino Bocaiúva, 255, em São Paulo. Após o pioneirismo de Harada, outros mestres do Karate fundaram outras academias.    Yasutaka Tanaka fundou a Kobukan, no Rio com seu aluno Lirton dos Reis Monassa (também professor no Rio de Janeiro), Sadaomu Oriu fundou a Shidokan, com Duncan (professor no Rio), Fernando, Maurício e Raimundo Bastos (professor no Rio).    Já na capital federal, Brasília, o professor Tetsuma Higashima trabalhou para a expansão do Karate, da mesma forma que Eisuki Oishi, na Bahia.




  Os primeiros faixas pretas Shotokan do Brasil foram: Milton Osaka, Inoki, Benedito N. A. Santos, Lirton dos Reis Monassa, Fernando Pessoa, Maurício, Yasuiuki Sasaki, Ailton M. Menezes, Oswaldo Duncan, Raimundo Bastos, Márcio Bevenutti, Claudio Trigo, William Felippe, Júlio Alay e Dinor.    Posteriormente vieram do Japão: Takeushi (RJ), Taketo Okuda (SP),  Oishi e Yoshizo Machida (BA).   
    O 1º Campeonato Brasileiro de Karate foi realizado na cidade do Rio de Janeiro no Ginásio de Esportes do Botafogo Futebol e Regatas. Esta foi a primeira competição oficial de karate no Brasil, realizada nos dias 2 e 3 de dezembro de 1969 e teve a participação dos seguintes estados: São Paulo, Distrito Federal, Bahia e Rio de Janeiro.  


TÉCNICAS

AS ARMAS DO KARATÊ

AS BASES


AS DEFESAS


OS GOLPES DE MÃO


OS CHUTES





HISTÓRICO KARATÊ


Castelo de Shuri, em Okinawa
Uma arte marcial antes praticada secretamente na Ilha de Okinawa (sul do Japão) por pessoas comuns que estavam proibidas de portar armas, e por isso se defendiam de mãos vazias, fazendo uso destas, dos cotovelos, joelhos e pés.

Os estilos de Karate mais praticados atualmente são: 
Estilo
Fundador
Shotokan-Ryu
Gichin Funakoshi
Wado-Ryu
Hironori Otsuka 
Goju-Ryu
Chojun Miyagi 
Shito-Ryu
Kenwa Mabuni 
Shorin-Ryu
Choshin Chibana


O estilo Shotokan de karatê é uma escola de karatê criada por Gichin Funakoshi (1868-1957). Inicialmente o Mestre Funakoshi não acreditava em criação de estilos e sim que todo karatê deveria ser um só, mesmo com as diferenças naturais de ensino que variam de professor para professor. Shoto era como Funakoshi assinava seus poemas, significa pinheiros ondulando ao vento e kan significa edificação ou salão.

Os alunos de Funakoshi construíram um dojo ( lugar do Caminho) em sua homenagem e o chamaram de Shotokan (Edifício de Shoto). Acredita-se que a origem do nome do estilo seja esta. O Shotokan foi destruído durante um bombardeio na II Guerra Mundial.


O mestre Funakoshi nasceu na cidade de Shuri na ilha de Okinawa em 1868 e foi o responsável pela difusão do karatê nas ilhas principais do arquipélago japonês e posteriormente para o ocidente. Aos onze anos iniciou seus estudos com Yasutsune Azato com quem aprendeu o estilo Shuri-te e com Yasutsune Itosu com quem aprendeu o estilo Naha-te. A mistura destes dois estilos daria origem ao estilo Shotokan. Sua biografia é chamada "Karate-do": "o meu modo de vida". Por tanto as novas linhas que aparecem como únicas sucesoras de Gichin Funakoshi, solo desejam capitalizar o Mestre ao seu favor. O "karatê"de Egami Shigeru, não é karatê de Gichin Funakoshi e sim modificações de pessoas que abandonaron o ensinamento original. Em 26 de Abril de 1957 morre Gichin Funakoshi.

O estilo Shotokan caracteriza-se por bases fortes, predominancia de movimentos de mão e chutes no corpo inteiro. Os giros sobre o calcanhar em posição baixa dão fluidez ao deslocamento e todo movimento começa com uma defesa. Este é um estilo em que as posições têm o centro de gravidade muito baixo, e em que a técnica de um "simples" soco directo, pode nunca ser dominada, e só o é com muitos anos de treino, mas quando a técnica é dominada o seu poder é incrivel e quase sobre-humano. No karatê shotokan são levados a sério fatos como a concentração e o estado de espirito, pois sem concentração e um estado de espirito leve mas determinado a técnina de pouco serve, devendo estes dois atributos expandirem-se com a pratica e determinação. As principais bases do estilo Shotokan são: HEIKO-DACHI, KAKE-DACHI, KIBA-DACHI, KOKUTSU-DACHI, TSURUACHI-DACHI, MUSUBI-DACHI, NEKOASHI-DACHI, SANCHI-DACHI, SHIKO-DACHI, UCHINACHIJI-DACHI E ZENKUTSU-DACHI. Sendo que as bases fundamentais, presentes na maioria dos katas são: Zenkutsu-dachi, Kokutso-dachi e Kiba-dachi.
Possui 26 katas (ou forma, trata-se de uma sequencia de movimentos contra 4 ou mais adversários executados de tal forma sincronica), seguindo ainda um metedo de ensino que divide a aula em três partes (o já citado kata, o kumitê e o kihon.).

Os katas auxiliam o iniciante a assimilar o estilo e aprender as técnicas básicas de movimentar-se, defender-se e atacar. Para o avançado os katas são um confronto com as ideias dos antigos mestres, nestes confrontos os atuais praticantes entendem os segredos da arte, que só são aprendidos mediante prática exaustiva e não oralmente.


 O karatê Shotokan está dividido em 8 níveis ou faixas (obi):

Branca (7º kyu)
Amarela (6º Kyu)
Vermelha(5º Kyu)
Laranja (4º Kyu)
Verde (3º Kyu)
Roxa (2º Kyu)
Marrom(1º Kyu)
Preta/Negro (1ºDan até 9ºDan)

Para cada nível de faixa existe um tipo diferente de kata, kumite e kihon a ser aprendeido pelo praticante, excepto a partir do 1º Dan, no qual apenas a kata e o kihon mudam. Salvo que não existe kata para uma determinada faixa em especifico, apenas um ordem no aprendizado inicial de cada um.

Kyu significa classe, sendo que essa classificação é em ordem decrescente. Na classificação de faixas pretas, Dan significa grau, sendo a primeira faixa preta a de 1º Dan, a segunda faixa preta 2º Dan e assim por diante em ordem crescente. Em um plano simbólico, o branco representa a pureza do principiante, e o preto se refere aos conhecimentos apurados durante anos de treinamento.

Filosofia do Karate-Do

 “Quanto mais você estudar e praticar no dia-a-dia os princípios filosóficos do Karate-Do, mais você compreenderá a gravidade ou a grandeza dos seus atos”.


Mestre Gichin Funakoshi, criador do estilo Shotokan de Karatê, foi quem mais desenvolveu e aperfeiçoou o aspecto filosófico do Karatê, dando ênfase aos aspectos psicológicos, fazendo com que o praticante melhore sua concentração e adquira um maior controle de suas emoções através do treinamento diário.

Sabendo que o Karatê foi desenvolvido para encerrar conflitos, Funakoshi percebeu que, para se alcançar a plenitude como praticante, somente treinar o corpo e mantê-lo forte e resistente não é o suficiente.

Mesmo porque, de que adianta ser um lutador de alto nível, e no dia-a-dia só dar mau exemplo como cidadão?

O praticante de Karatê, segundo Mestre Funakoshi, deve manter a mente distante do egoísmo e da maldade, o praticante deve buscar a pureza de pensamentos, porém, deve estar em alerta para reagir adequadamente a tudo que encontrar pela frente.

Este é o significado filosófico do sufixo "Kara" (vazio) da palavra Karatê; não é o vazio material, e sim, a ausência de pensamentos negativos ou inferiores.

É preciso crescer interiormente e para isso Funakoshi elaborou cinco princípios básicos com o objetivo de fazer com que o praticante através do estudo desses princípios busque sempre o fortalecimento e a valorização do Eu interior.

A finalidade desses ensinamentos não é a vitória e nem a derrota, mas o aperfeiçoamento do caráter de quem o pratica.

Sensei Funakoshi deixou-nos muitos pensamentos que espelham a filosofia do Karatê e suas técnicas, bem como a sabedoria oriental.

Além disso, deixou-nos dois importantes caminhos que levam à uma vida harmoniosa, são eles o DOJOKUN e o NIJUKUN que são os lemas do Karatê, os quais devem ser seguidos por todos os praticantes do Karatê.



terça-feira, 17 de abril de 2012

Treinamento judô


O Judô é um esporte intermitente

4 a 8 séries de 5 a 7 minutos de exercício.


Utilizando ESFORÇO/PAUSA para treinamento, sendo 15 segundo de golpes e 30 segundos de descanso.

15 seg - GOLPES

30 seg - DESCANÇO

15 seg - GOLPES

30 seg - DESCANÇO

15 seg - GOLPES

30 seg - DESCANÇO

15 seg - GOLPES

INTERVALO PARA TREINAMENTO AERÓBIO E ANAERÓBIO

Aeróbio = 1 - 3 minutos
Anaeróbio = 5 - 10 minutos

DESCRIÇÃO DO SPECIAL JUDO TEST


O judô é de caráter intermitente, Sterkowicz (1997, citado por FRANCHINI, 2001 e FRANCHINI e colaboradores, 2001) propôs um teste específico para com a utilização da técnica ippon-seoinaguê.

          O teste tem o seguinte  protocolo: Dois participantes judocas de estatura e massa corporal semelhante, mesma categoria, à do executante são posicionados a seis metros de distância um do outro, enquanto o executante do teste fica a três metros de distância dos judocas que serão arremessados. Segundo (FRANCHINI, 2001 e FRANCHINI e , 2001 e FRANCHINI e colaboradores, 2001).
colaboradores, 2001) o teste é dividido em três períodos: 15s (A), 30s (B) e 30s (C), com intervalos de 10s entre os mesmos.

No decorrer desses períodos o executante arremessa os parceiros, utilizando a técnica ippon-seoi-naguê o maior número de vezes possível. Imediatamente após e 1 minuto após o final do teste é verificada a frequência cardíaca do participante (atleta judoca). Segundo (FRANCHINI, 2001 e FRANCHINI e colaboradores, 2001), os arremessos são somados e o índice abaixo é calculado; Quanto melhor o desempenho no teste, menor o valor do índice.


A fórmula de calculo:


Abaixo um vídeo que mostra exatamente como é o teste:










segunda-feira, 16 de abril de 2012

JUDÔ


Historia do Judô


            As lutas marciais fazem parte da cultura do Japão. Desde o século 14 ­ com as mãos livres ou armas brancas ­ era importante recurso militar. O jiu-jitsu, surgido na China no século 3º A.C., é praticado lá desde 1650. Mas, em 1865, começa na Terra do Sol Nascente a chamada era Meiji, quando foi abolido o sistema feudal e os valores ocidentais começaram a influenciar os costumes nacionais. Nessa onda, o professor de educação física Jigoro Kano, 22 anos, adapta o jiu-jitsu para ser usado como modalidade de competição na educação de jovens.
            Era 1882. Nascia o judô, assentado nos conceitos Zen de serenidade, simplicidade e fortalecimento do caráter. É considerado o jogo da cordialidade das lutas marciais. O pequeno Kano que começara no esporte quatro anos antes para superar a fragilidade física, funda o Instituto Kodokan, com nove alunos e 12 tatames para ensinar sua criação.
            Em 1887 o judô já havia conquistado espaço bastante para quase tirar o jiu-jitsu de combate. A entrada de Kano no COI, em 1909, foi o empurrão que faltava para o judô ­ já usado em treinamento de policiais franceses ­ disseminar-se mundo afora. Em 1952 é fundada a confederação internacional. Quatro anos depois se realiza o primeiro campeonato mundial e, enfim, o esporte torna-se olímpico em Tóquio-64, para homens, e em Barcelona-92, para mulheres. Hoje é praticado por pelo menos 180 nações.
            No Brasil, foi apresentado em 1915 pelo imigrante japonês Mitsuyo Maeda, apelidado Conde Koma, e os adeptos que reunira em suas excursões pela América do Sul. Koma e sua equipe ficaram conhecidos, passaram a promover apresentações, nas quais aceitavam desafios de qualquer pessoa. Esses eventos, especialmente em Manaus e Belém, foram a melhor difusão do esporte no país. São Paulo, sede da maior colônia japonesa no Brasil, deu-lhe a melhor acolhida e, por isso, é ainda hoje o melhor celeiro de judocas nacionais.
            A rápida aceitação mundial exigiu ao longo dos anos mudanças de regras e de princípios. O equilíbrio ­ físico e emocional ­ continuou, porém, a ser o principal golpe, que se acreditava dar ao lutador a chance de vencer apenas com a força do adversário, ainda que ele fosse maior, mais alto e mais forte. A crença caiu por terra no campeonato mundial de 1961, no Japão, diante da descomunal força do holandês Antonius Geensik, de 115kg, que derrotou, sem contestação, três japoneses favoritos para ser campeão. O judô rende-se e adota categorias de peso. Hoje sete delas são disputadas nas Olimpíadas.
            Muitas outras alterações já tinham ocorrido, como a dos quimonos, que evoluíram para o desenho atual entre 1905 e 1908. Antes, eles tinham mangas e calças curtas. Pela origem arraigada na tradição, qualquer novidade, por mais insignificante que se julgue, gera polêmica. Como a que o esporte enfrenta neste momento pela recente adoção do uniforme azul para um dos contendores. Antes ambos os lutadores usavam somente brancos. 

Sua Filosofia 

A palavra japonesa "Judô" é a junção dos ideogramas "Ju", suave, e "Do", caminho. Há nove princípios que compõem o Espírito do Judô, eles mostram a maneira de percorrer o "suave caminho" fundamento para o estudo e compreensão progresso do judô.

            1) Conhecer-se é dominar-se, e dominar-se é triunfar.
Para conhecer suas possibilidades no mundo em que vive, para enfrentar todas as situações que exigem ações e soluções diretas ou indiretas, o homem precisa conhecer a si mesmo, saber quais as qualidades e deficiências que possui, para apresentar harmoniosamente as atitudes ou respostas mais adequadas à necessidade. Na posse íntima desse balanço o homem adquire um melhor controle emocional, uma melhor postura frente ao mundo e uma melhor e mais inteligente utilização de seu potencial. Tudo isso lhe dá maiores possibilidade de triunfar.

            2) Quem teme perder já está vencido
O Kiai é definido também como um estado de espírito para vencer, portanto está intimamente ligado a este segundo princípio. Quando, inversamente, entramos em uma disputa incertos, inseguros ou temerosos, nossas forças se desassociam e enfraquecem, colocando-nos à mercê daquele ou daqueles que buscam com mais garra - com mais Kiai - o triunfo.

            3) Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade.
A perfeição é de Deus: somente ele é perfeito. O homem pode e deve, entretanto, tentar sempre se aproximar da perfeição em todas as suas obras e durante toda a sua vida. Assim fazendo com constância, sabedoria e humildade, estará também contribuindo para que o mundo seja mais bonito, mais humano e feliz. Estará trabalhando, portanto, para a complementação desse mundo que nos foi dado e pelo qual somos responsáveis.

            4) Quando verificares com tristeza que nada sabes, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado.
Tantos são os mistérios do mundo, tão incipientes são os nossos conhecimentos que considerarmo-nos sábios, ainda que em uma única e simples matéria, seria no mínimo uma enorme ignorância. Isto porque, na medida em que nos aprofundamos no conhecimento de um determinado assunto, vemos que a meta final se distancia e se ramifica em tantas outras opções - nem sempre coerentes, muitas vezes contraditórias - que somos levados a reconhecer com tristeza que nada ou muito pouco sabemos, que a meta final não se encontra ao nosso alcance.
            5) Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário. Quem vence este hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.
O orgulho jamais se justifica, porque ninguém é Deus para ter certeza da vitória na próxima luta. A atitude orgulhosa nunca nos leva a boas opções - muito pelo contrário. Como antítese da humildade, o orgulho nos torna arrogantes, soberbos e auto-suficientes, criando à nossa volta um clima hostil. Nem a própria vitória contra a ignorância justificaria o orgulho, pois o saber deve ser um instrumento de realizações para a coletividade e a ela oferecido. A vitória não é propriedade privada nem de uso exclusivo de alguém.

            6) O judoka não se aperfeiçoa para lutar. Luta para se aperfeiçoar.
Fosse a meta primeira e única do judoka a vitória em cima do tatame, então sim ela voltaria toda a sua capacidade, todo o seu aperfeiçoamento para essa luta. Mas isso iria tornar o esporte igual a tantas outras lutas, pobres e sem motivos ou ideais duradouros e úteis. Felizmente, as metas do Judô são justamente mais importantes porque visa, um mundo melhor, mais bonito, mais humano e feliz esse é o ideal que buscamos.


            7) O judoka é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus companheiros.
À inteligência que deve ter o judoka para compreender aquilo que lhe ensinam, acrescentamos a perseverança e humildade. Perseverança porque nem sempre possuímos a facilidade no aprendizado, e a demora pode nos levar a abandonar ou negligenciar conhecimentos que nos farão falta. Um pouco de perseverança possibilitará sempre bom aprendizado. Humildade porque sem ela podemos achar que somos sábios e do alto da nossa suficiência não desceremos para aprender o que não sabemos. No transcorrer da vida, há uma seleção natural que escolhe os que transmitirão ensinamentos para as gerações futuras. Assim é no Judô. Aquele que teve a paciência para perseverar durante anos, acumulando conhecimentos e experiências, certamente terá em grande dose a paciência necessária para o ensino do que aprendeu, contribuindo assim para que a grande arte caminhe para o futuro.


            8) Saber cada dia um pouco mais, utilizando o saber para o bem, é o caminho do verdadeiro judoka.
Nos mais corriqueiros atos da vida o homem aprende sempre um pouco mais, pois ele é um ser dinâmico e evolutivo. É significativo o fato de que a maioria dos governantes é de pessoas idosas, mesmo entre os povos mais díspares e em diferentes épocas da História. Isso se explica porque a soma de conhecimentos, o melhor controle emocional e a experiência acumulada durante os anos suplantam o arrojo e o vigor físico dos jovens. Quanto a usar esses conhecimentos para o bem, é uma questão de princípios, inerente ao homem de bem e ao judoka principalmente.


            9) Praticar o Judo e educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como ensinar o corpo a obedecer corretamente. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.
Quanto mais acumulamos experiência na prática do Judo e nos aprofundamos em sua filosofia mais fascinante ele se torna, dada a sua abrangente diversidade de valores físicos, morais, intelectuais e espirituais. Essa progressão educa a mente, nos ensina a pensar com velocidade e exatidão, e ensina o corpo a obedecer com precisão.
Esses são os nove princípios que marcam os caminhos do progresso e do aprofundamento no conhecimento e prática do Judo. A eles devem os judokas a sua atenção, obediência e zelo.
Fonte: Sensei (Kodansha) Stanlei Virgilio (A Arte do Judo, Ed. Rígel)